Roberto Falciola*
“A estrada de todo homem que tem fé não é solitária mas sim acompanhada da comunidade na qual aprende que somo unidos por Deus como família.
No caminho de Pier Giorgio encontram-se outros guias,entre sacerdotes e consagrados ao povo de Deus.Na sua infância seu primeiro confessor foi o cônego Grosso e seu preceptor de latim,dom Antonio Cojazzi( Que foi seu primeiro biografo) contam que era quase impossível satisfazer seu sempre desejo de aprender o Evangelho.A sua entrada no Instituto Social dirigido pelos padres jesuítas em 1913,provocada por uma situação é um momento decisivo.É encorajado pelo diretor espiritual padre Lombardi a receber todos os dias a comunhão.Depois de algumas conversas com a mãe que era contra pois via nessa prática para uma criança de 13 anos o perigo de se tornar um ato rotineiro e não um verdadeiro Encontro com Jesus,passa a obter da mesma a permissão.Deste momento,seu encontro com Jesus na Eucaristia será o centro de sua vida espiritual.
No Instituto Social a sua religiosidade toma outras dimensões até então ignoradas.Passa a participar de algumas associações entre as quais o Apostolado da Oração e a Congregação Mariana de cunho espiritual.Aos dezessete anos entra na Conferencia de São Vicente assumindo assim um empenho constante de caridade.Todas essas conferencias e associações serão de extrema importância na vida de Pier Giorgio pois será a preparação e amadurecimento de sua fé que o levara a se consagrar com leigo dominicano em 1922.Ou seja viver a espiritualidade dominicana no meio do mundo,no seu ambiente familiar,de estudo e amizade.Dar verdadeiro testemunho de cristão.
Muitos serão os sacerdotes e religiosos encontrados por Pier Giorgio e entre esse muitos terão com ele um laço de amizade. Entre estes destacam-se dom Alessandro Roccati que o batizou e o viu falecer,os padres Filippo e Francesco Robotti,Ângelo Arrighini todos dominicanos. Dom Mario Frassati,não pertenceu a família,foi vigário de Pollone,muito próximo e amado por Pier Giorgio.Podemos destacar ainda o Cardeal Giuseppe Gamba que o conhece em Novara em um congresso da Juventude Católica antes de se tornar arcebispo de Torino, e que nutre por ele um grande e paterno afeto.Don Karl Sonnenschein,sacerdote,sociólogo ,considerado o “São Francisco de Berlim”organizador do movimento católico alemão,empenhado em uma incensaste trabalho apostólico após a Guerra de 1918, Pier Giorgio o conheceu quando de sua estadia em Berlim.
Lembramos também os párocos das cidades em que Pier Giorgio sempre procurava passar suas férias e finais de semanas.Religiosos e religiosas que sempre tiveram uma amizade baseada no respeito e no carinho,com a disposição de quem busca e aceita um conselho,uma palavra,uma luz.”
Que neste mês vocacional possamos aprender com Pier Giorgio a amar e a rezar pelos nossos sacerdotes pedindo ao Senhor da messe que os conserve sempre com uma fé firme e forte e um verdadeiro desejo de amor pela Igreja e pela salvação das almas.
Que muitos jovens deixem –se guiar pelo chamado de Jesus que continua passando e dizendo:”Vem e segue-me”.
*Leigo,Vice postulador da Causa de Canonização de Pier Giorgio Frassati,
presidente da Opera Diocesana P.Giorgio Frassati de Torino.
Redator editorial e escritor.
** Tradução livre de “Pier Giorgio Frassati – “Non vivacchiare ma vivere” de Roberto Faciola.
Libreria Editrice Vaticana